Teu torso nu é uma visão de tormento
Pois meus lábios se curvam para tocar tua pele
Cujo brilho dourado do Sol reteve num advento
De pecado e encanto, intensos e imersos nele
Teu rosto de tão frágeis feições me comove
E silenciosamente imóvel, estendo a mão em alento
Quero curá-la de toda a dor e o bem que em ti implode
Corrompe teu sorriso de pureza neste momento
E nestas poucas semelhanças que entre nós já percebo
Mais claro e alto se mostra meu despretensioso apego
Onde em renda se finda a doce curva dos teus seios
Encontra-se o berço de meus violentos desejos
E no fluir constante deste mundo em que vivemos
Calada me levanto, e num adeus eterno me ausento